segunda-feira, 18 de abril de 2011

Assista ao trailer de Harry Potter e o Cálice de Fogo

Para legiões de fãs de Harry Potter, a chegada de um novo filme, o quarto adaptado da série literária de sucesso de J.K. Rowling é tudo o que é preciso saber. Para quem não é fã ou é só um pai que acompanha os filhos ao cinema, há uma coisa a dizer: o filme está cada vez melhor.
 
Enquanto os dois primeiros filmes transpiram o fascínio do trabalho de Rowling, com toda a magia e truques, O Prisioneiro de Azkaban e agora O Cálice de Fogo se baseiam com mais profundidade nos dramas humanos.
À medida que o trio protagonista se torna adolescente, eles ficam mais parecidos com jovens pessoas do que com jovens bruxos. Os três se confrontam com temas relacionados à idade, como necessidades hormonais, questões de identidade e pressões de grupo. Em outras palavras, enfrentam as emoções e experiências típicas dos adolescentes, e a mágica não pode ajudá-los.
Mas com certeza haverá mágica na bilheteria. A série teve uma queda na arrecadação nos cinemas norte-americanos, dos vertiginosos US$ 317,6 milhões do primeiro filme para os US$ 249,4 milhões do terceiro. Cálice de Fogo deve sofrer com seus 156 minutos de duração, o que pode afastar a audiência mais jovem, mas o filme pode chegar perto do sucesso da última edição.
O novo diretor é Mike Newell, o mesmo de Quatro Casamentos e um Funeral, o que é interessante, pois ele é o primeiro cineasta britânico no que pode ser considerada uma série muito britânica. Talvez isso explique por que Cálice de Fogo pareça muito mais intimista.
Newell e o escritor Steve Cloves, que adaptou os quatro livros para o cinema, não perderam tempo no mundo dos trouxas, os humanos sem habilidades mágicas. Do pesadelo inicial à cena final que mostra o último dia dos quatro anos de Harry na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, o filme finca raízes no mundo da magia.
O pesadelo recorrente de Harry exibe uma sala vista de um corredor escuro, dentro da qual está seu maior inimigo, Lord Voldemort, que conspira com seguidores. Assim que a escola abre e os estudantes visitam o local onde é disputada a Copa do Mundo de Quadribol, seres das trevas começam a atacar. São os Comensais da Morte, que não tinham se materializado desde que seu líder, Voldemort, perdeu os poderes 13 anos antes, na noite em que assassinou os pais de Harry, mas não conseguiu matar o garoto.
O ano escolar gira em torno do raro Torneio Tribruxo, que reúne Hogwarts e duas outras prestigiadas escolas de bruxos: a Academia Beauxbatons, com suas garotas graciosas, e o Instituto Durmstrang, de garotos atléticos e vagamente parecidos com os do Leste Europeu.
O encantado Cálice de Fogo cospe os nomes dos campeões para cada uma das três escolas. Então, acontece uma coisa curiosa: um quarto nome aparece, o de Harry Potter. Aos 14 anos, Harry (Daniel Radcliffe) é muito jovem para competir. Ainda assim, é o cálice quem dita as regras, e o bruxinho é inscrito em uma competição contra estudantes mais avançados do que ele.
Sua inexplicável seleção afeta o relacionamento com seus dois melhores amigos. Rony (Rupert Grint) fica furioso e com ciúmes, certo de que Harry fez algum truque para ganhar a vaga no campeonato, enquanto a adorável Hermione (Emma Watson) está confusa e preocupada com o amigo.
O diretor da escola, o professor Alvo Dumbledore (Michael Gambon), também está preocupado. Certamente, alguém está armando contra Harry, e o professor pode não conseguir ajudá-lo. Ele pede ao novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Alastor Moody (Brendan Gleeson), também chamado de Olho-Tonto por causa de seu olho mecânico, para ficar de olho, literalmente, no garoto.
As três "tarefas" da competição são a espinha dorsal do filme. Cada uma envolve cenas grandiosas que misturam ação, perigo e provações, e lembram as batalhas dos primeiros Guerra nas Estrelas. Na primeira, eles têm de enfrentar estranhos dragões. A segunda os envia às águas escuras do Lago Negro a fim de resgatar pessoas queridas. O desafio final acontece num malévolo labirinto, em que as cercas-vivas são perigosas e os caminhos, cobertos por uma névoa constante.
É essa tarefa que põe Harry em contato com Voldemort (Ralph Fiennes), personificação quase reptiliana do puro mal. E o esperado confronto não decepciona. Voldemort emerge de um caldeirão borbulhante, com renovado ódio à humanidade e sentindo o poder brotar de seus tecidos e músculos recém-adquiridos, enquanto Harry treme de aversão e medo.
Em meio às tarefas heróicas, cresce o nível de ameaças à escola e há a descoberta do sexo oposto, um outro tipo de magia. O baile de Hogwarts requer que os garotos estejam acompanhados. Apesar da fama, Harry enfrenta sua timidez e reúne coragem para se aproximar de Cho Changh (Katie Leung).
Enquanto isso, Rony convida Hermione, mas o faz tão sem ânimo, pelo menos na opinião dela, que a garota prefere aceitar o convite do campeão de Durmstrang, Vítor Krum (Stanislav Ianevski). A evolução dos três personagens principais ainda exige que eles aprendam rápido para sobreviver.
Também retornam à série Alan Rickman, como o Professor Snape; Robbie Coltrane, no papel do gigante Hagrid; Maggie Smiths, como a sempre pragmática professora McGonagall; Timothy Spall, como Pedro Pettigrew, o Rabicho; e Tom Felton, a representação da covardia da classe alta no papel do arquiinimigo de Harry, Draco Malfoy. Miranda Richardson interpreta a jornalista fofoqueira Rita Skeeter, personagem que poderia facilmente ter sido descartada do filme.
Newell alcança o mesmo nível brilhante de produção de seus antecessores. E Patrick Doyle contribui com a melhor trilha musical da série, ricamente sinfônica, mas com uma cobertura pop que não nos deixa esquecer que estamos em um mundo de fantasia.

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