domingo, 6 de março de 2011
Renato Aragão faz história na TV brasileira e completa 5 décadas no ar
Cinquenta anos passam voando. Que o diga Renato Aragão e seu alter ego, Didi, personagem que não só marcou a vida do cearense como a de várias gerações em todo o Brasil. Em homenagem à sua carreira, o eterno trapalhão ganhou especial de fim de ano e uma festa no Copacabana Palace!
E a palavra chique é pouca para definir o evento, repleto de celebridades, em que o Zoeira pôde conferir de perto e com exclusividade. A começar pela entrada do Copa Bar, que contou com decoração bem familiar para nós, da terrinha. Redes e toalhas de renda penduradas nas paredes, cactos e malas de couro enfeitavam o chão, dando aquele toque regional. Abençoando os convidados, e numa alusão ao gesto do artista que subiu o Cristo Redentor, havia também uma estátua, com um boneco de Renato beijando sua mão esquerda. Para completar, colunas, almofadas e mesas estavam estampadas com imagens do intérprete como Didi e telões exibiam "Os Trapalhões".
Na ocasião, foi apresentado clipe do biográfico "Eu sou Renato Aragão" (previsto para ir ao ar dia 22), inédito até para ele, que desconhecia o teor do projeto comandado pelos diretores Jayme Monjardim e Teresa Lampreia.
A única coisa que Renato estava ciente era de entrevista concedida para Patrícia Poeta, que durou 12 horas, divididas em seis horas (em um dia ele falou dos 75 anos de vida, no outro, dos 50 anos de carreira).
A conversa emocionante, contendo relatos pouco conhecidos do público - como o fato de ter sobrevivido a um acidente aéreo -, tornou-se o fio condutor do programa, que contará ainda com elenco para dar vida às fases da trajetória do humorista. Da infância em Sobral à glória com "Os Trapalhões" na TV. E foi a própria jornalista quem deu início às homenagens em um palco. "Essa é a história do Renato que cresceu e virou Didi", disse a apresentadora do "Fantástico". Edson Celulari também fez coro às honras: "Tenho 52 anos. Eu nasci, cresci e até hoje me divirto muito com você. É lindo o compromisso que você tem com as crianças. Só não abandone também as crianças que existem dentro de nós".
Após a exibição de parte do especial, ficou difícil para o nosso palhaço, o Chaplin brasileiro, não se comover. "Essa festa mexe e remexe com o baú da minha vida. Quando fui ao Rio de Janeiro, eu queria passar dois anos e já estaria voltando feliz para o Ceará por ter trabalhado em uma grande TV. Cada programa, cada filme, foi uma realização". Às lágrimas, Renato desabafou: "Cheguei a ficar desempregado duas, três vezes. Fui muito batido pela crítica pelo tipo de humor que fazia. Mas, tudo passa. Não ficou ressentimento, passei ileso e sem sequelas", brinca.
O embaixador da Unicef no Brasil e idealizador do Criança Esperança também destacou a importância da família e dos amigos. "Só se faz 50 anos de carreira quando se tem amigos e uma estrutura familiar forte".
O companheiro de trapalhadas de longa data, Dedé Santana, lembrou da época áurea do grupo, formado também pelos saudosos Mussum e Zacarias. "Tenho muita saudade daquela época, das brincadeiras. O Renato era sempre o mais palhaço, aprontava todas, mesmo fora de cena. Ao mesmo tempo, era o mais centrado, disciplinado, cumpridor de horários. Nós convivíamos 24 horas por dia. Hoje em dia, os humoristas só se encontram na hora de gravar", observou.
Jayme Monjardim, amigo e responsável por vários outros projetos ao lado do artista, revelou que o especial vem sendo montado desde o ano passado. "Sempre tive a curiosidade em conhecer a vida do Renato, não é só o Didi, mas saber quem é a pessoa que está por trás disso tudo", contou o diretor, que prometeu outras novidades para 2011. "Quero fazer a série ´Acampamento de Férias 2´ (com o comediante), minissérie com o autor Manoel Carlos, que ainda está sem nome, e o filme ´O tempo e o Vento´
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