A nuvem causada pela explosão da usina nuclear Fukushima não será nociva à saúde, conforme estimam especialistas franceses
Uma nuvem radioativa causada pela explosão na usina nuclear de Fukushima, no Japão, deverá chegar a Europa na próxima semana, afirmam especialistas franceses. A nuvem, no entanto, não será nociva à saúde.O Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França criou o site “Criter Japon” para avisar sobre o nível de radiação no país. A radiação é medida por diversos sensores espalhados pela França com uma hora de defasagem e relação à coleta dos dados.
O especialista Jean-Marc Peres, chefe do serviço de fiscalização da radioatividade no meio ambiente do IRSN, afirma que, devido à dispersão das partículas radioativas entre o Japão e a Europa, “é certo que o nível de radioatividade da nuvem ficará abaixo do limite nocivo à saúde”.
Resfriamento dos reatores
O Japão continua sua tentativa de resfriar os reatores da central nuclear de Fukushima nesta quinta-feira, 17. O governo está utilizando quatro helicópteros do Exército para lançar jatos de água sobre os reatores, principalmente no de número 3.O objetivo da operação era encher uma piscina de combustível que foi danificado após uma explosão e uma série de incêndios. Esta é a crise nuclear mais grave desde a Tchernobil, na Ucrânia, em 1986.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a central de Fukushima, tenta restabelecer a corrente de energia elétrica na usina, o que permitiria ativar as bombas para resfriar os reatores e encher as piscinas.
A tentativa, no entanto, não só foi considerada fracassada, como 19 trabalhadores ficaram feridos e outros 20 foram expostos à radiação, informou a agência de notícias Xinhua.
A companhia alertou a agência de segurança nuclear japonesa que o nível de radiação do reator 1 excedeu o limite legal. A radiação no local seria de 882 microsievert (msv) por hora, acima do nível máximo permitido, de 500 msv por hora.
O governo japonês também informou sobre o risco de um possível blecaute nesta quinta-feira na região de Tóquio. A situação se agravou com a maior demanda devido às baixas temperaturas que o Japão tem enfrentado desde quarta-feira.
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