terça-feira, 22 de março de 2011

Nuvem radioativa chegará à Europa na próxima semana

A nuvem causada pela explosão da usina nuclear Fukushima não será nociva à saúde, conforme estimam especialistas franceses

Uma nuvem radioativa causada pela explosão na usina nuclear de Fukushima, no Japão, deverá chegar a Europa na próxima semana, afirmam especialistas franceses. A nuvem, no entanto, não será nociva à saúde.
O Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França criou o site “Criter Japon” para avisar sobre o nível de radiação no país. A radiação é medida por diversos sensores espalhados pela França com uma hora de defasagem e relação à coleta dos dados.
O especialista Jean-Marc Peres, chefe do serviço de fiscalização da radioatividade no meio ambiente do IRSN, afirma que, devido à dispersão das partículas radioativas entre o Japão e a Europa, “é certo que o nível de radioatividade da nuvem ficará abaixo do limite nocivo à saúde”.

Resfriamento dos reatores

O Japão continua sua tentativa de resfriar os reatores da central nuclear de Fukushima nesta quinta-feira, 17. O governo está utilizando quatro helicópteros do Exército para lançar jatos de água sobre os reatores, principalmente no de número 3.
O objetivo da operação era encher uma piscina de combustível que foi danificado após uma explosão e uma série de incêndios. Esta é a crise nuclear mais grave desde a Tchernobil, na Ucrânia, em 1986.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a central de Fukushima, tenta restabelecer a corrente de energia elétrica na usina, o que permitiria ativar as bombas para resfriar os reatores e encher as piscinas.
A tentativa, no entanto, não só foi considerada fracassada, como 19 trabalhadores ficaram feridos e outros 20 foram expostos à radiação, informou a agência de notícias Xinhua.
A companhia alertou a agência de segurança nuclear japonesa que o nível de radiação do reator 1 excedeu o limite legal. A radiação no local seria de 882 microsievert (msv) por hora, acima do nível máximo permitido, de 500 msv por hora.
O governo japonês também informou sobre o risco de um possível blecaute nesta quinta-feira na região de Tóquio. A situação se agravou com a maior demanda devido às baixas temperaturas que o Japão tem enfrentado desde quarta-feira.

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